23/12/2011

2ª Conferência myMPeL, 2011


No dia 21 de Outubro de 2011 teve lugar a 2ª Conferência myMPeL, 2011 - conferência do mestrado em Pedagogia do Elearning. Este ano a organização do evento coube aos estudantes da 4ª edição.
Tive a sorte de fazer parte da equipa que mais de perto trabalhou no processo de génese e organização da conferência. A colega MJoão, que tem mais apetência para relatos de aprendizagem, descreve tudo no seu blogue de mestrado Beyond Elearning.
Para além da parte organizativa, participei com um singelo Pecha Kucha, adaptação de um trabalho feito para a unidade curricular de “Conceção e Avaliação em Elearning”.  


05/08/2011

Participação na ED-MEDIA 2011

 
View more presentations from MPeL


O último trabalho da unidade curricular de Modelos de Ensino a Distância (MED) consistiu na opção por elaborar um artigo para submeter à conferência anual da ED-MEDIA (World Conference on Educational Multimedia, Hypermedia & Telecommunications). O trabalho foi realizado em grupo, com as colegas Maria João, Marina e com a Professora Doutora Lina.
Foi realizado totalmente online e de forma intensamente colaborativa. A aprendizagem daqui resultante foi vasta e profunda, desde a experiência de escrever e submeter um artigo académico, ao uso de ferramentas online para trabalho colaborativo (sobretudo Google Docs, Dropbox e Skype), às competências de trabalho em equipa até à vivência da participação numa conferência mundial.
A apresentação do artigo exigiu muito trabalho estratégico e de treino e novamente a colaboração foi fundamental e verificável inclusive no momento de apresentação. A presença de colegas de mestrado e de professores da Universidade Aberta foi importante pela força anímica do espírito de grupo.
Obrigada a todos.

06/03/2011

Are We Wired For Mobile Learning?

An interesting infographic from the Voxy Blog. It helps us learn why we are wired for mobile learing, and how we can use mobile technologies to educate ourselves.


Via: Voxy Blog

26/02/2011

E-Portefólio CAEL

Fig. Assessment Systems and Electronic Portfolios: Balancing Accountability with Learning. (Barrett, 2005, p. 12)

O E-PORTEFÓLIO CAEL

Propósito
O e-portefólio CAEL constitui um elemento de avaliação desta unidade curricular (mestrado em Pedagogia do E-Learning 4ª edição, Universidade Aberta). Segundo as orientações deverá reunir produtos resultantes de cada actividade desenvolvida e reflexões pessoais sobre o processo de trabalho subjacente à sua realização. Este instrumento deverá agregar recursos diversos e pertinentes que complementem ou enriqueçam a abordagem da temática.

Constrangimentos iniciais 
A primeira dificuldade na realização deste e-portefólio foi a falta de tempo para a elaboração cronológica, o “diário de bordo”, como seria o ideal. A realidade da concepção deste mestrado veio a demonstrar que as actividades realizadas online consomem muito tempo aos aprendentes, afirmo-o com a experiência de já ter frequentado na mesma instituição um curso de mestrado presencial. Esta UC não foi excepção – as actividades demoraram tempo a realizar-se, não só pelo factor ambiente online, mas também pelo facto de os colegas com quem trabalhámos serem pessoas exímias no seu trabalho e empenho e, por isso, forçando todos a dar o melhor de si mesmos, indo mais longe a cada actividade.   

O segundo constrangimento foi a necessidade de ser o próprio aprendente a esquadrinhar uma estrutura para o portefólio. Penso que semelhante constrangimento pode não ter o mesmo peso e nem chegar a ser constrangimento para alguns colegas de mestrado. Para mim, representa constrangimento porque trabalho melhor, ou produzo melhor, quando tenho linhas orientadoras objectivas, o que pode estar relacionado com a forma de raciocinar, avessa a primeiras impressões, mais tendente a procurar relações de causa e efeito, a analisar e sintetizar. Esta tendência analítica projecta-se melhor quando orientada para propósitos claramente delineados.
Associado a este constrangimento está o receio de seguir um caminho que pode não ir ao  encontro das expectativas da professora e que, tendo este instrumento um peso apreciável na avaliação da UC, isso implique uma desvalorização na avaliação. Vencida esta fase, encontrei uma estrutura organizativa própria.

Sou principiante em e-portefólio, mas não em portefólios tradicionais. Em 2008, tive 20 horas de formação sobre portefólios, na disciplina de Supervisão Pedagógica e Desenvolvimento Profissional, no âmbito do curso de Formação Especializada em Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores. No mesmo ano apliquei os conhecimentos adquiridos, ao integrar uma equipa multidisciplinar no Agrupamento de Escolas de Bucelas com a incumbência de elaborar uma “Proposta de Orientações para a Construção do Portefólio do Professor” para efeitos de avaliação de desempenho do pessoal docente. Já no âmbito do MPEL, para a UC de Comunicação Educacional elaborámos um portefólio de avaliação – para este trabalho foi muito vantajoso, para além das indicações do professor, o facto de este nos ter facultado portefólios de colegas da edição do mestrado anterior, com exemplos de bons portefólios. 

Caracterização do e-portefólio CAEL
Barrett (2005) cita Barton & Colins (1993) para afirmar que o acto mais significativo na preparação do portefólio é a decisão sobre o propósito deste (p. 14). No sentido de seguir as orientações da UC, este portefólio assume uma faceta híbrida: é de aprendizagem, pelo teor reflexivo sobre o qual assenta, e é de avaliação.

Este portefólio evidencia uma voz de aprendente autêntica, tal como entendida por Barrett (2005, p. 10). Está patente desde logo na escolha da estrutura (a autonomia para seleccionar a estrutura tem a vantagem de tornar mais evidente essa voz) e nas descrições e considerações sobre a aprendizagem.

A um curso cuja sequência metodológica é apresentada de forma objectiva, clara e relativamente uniforme ao longo do tempo, adequa-se uma organização do e-portefólio também clara, simples e uniforme.
  
A estrutura do e-portefólio CAEL
Para ler facilmente o e-portefólio CAEL deverá aceder-se ao separador superior, barra horizontal, e clicar na página “E-Portefólio CAEL”, que funciona como uma espécie de índice automático para todos os posts pela ordem cronológica de desenvolvimento dos conteúdos do curso.

- O post Roteiro de Conteúdos enuncia os temas, objectivos, competências e respectivos recursos.

- Para cada tema há dois posts:

1.º post - A Actividade de Grupo, com a seguinte estrutura:
  Apresentação do tema e da actividade;
  1. Descrição e incorporação do trabalho de grupo;
  2. Referência à contribuição individual (quando pertinente);
  3. Redacção de reflexões a propósito da actividade, a que designei “considerações gerais”.

2.º postDiscussão no Fórum, com a seguinte estrutura:
  1. Síntese dos assuntos abordados durante o debate;
  2. Destaque do contributo individual. Neste espaço, em jeito de     auto-avaliação, destaco temas ou iniciativas em que participei. (1)
  3. Considerações gerais, em que apresento reflexões a propósito da actividade.
  4. Bibliografia referida no debate. Durante os dias de debate, muitos colegas foram apresentando bibliografia quer para fundamentar ideias, quer simplesmente para partilhar. Considerei este aspecto muito importante e penso que a minha resolução de reunir as referências bibliográficas dispersas na imensidão de participações ao longo de cada debate geral uma mais-valia, um modo de agregar recursos, alguns preciosos.


Considerações finais sobre a elaboração deste e-portefólio
Reflectir requer tempo. Se inicialmente se escreveu que a falta de tempo para construir um verdadeiro diário de bordo foi um constrangimento, a verdade é que o tempo extra facultado pela professora no final da UC nos permitiu quer um conforto adicional quer o distanciamento que, às vezes, é necessário para apreciar algo sobre outros pontos de vista e como um todo.

Barrett utiliza o blogue “E-Portfolios for Learning”desde 2004, aí concentrando o seu “e-portefólio ao longo da vida”. Será que o blogue é a melhor ferramenta para todos os tipos de e-portefólio? Pessoalmente optei por usar o blogue de mestrado para a elaboração do meu primeiro e-portefólio porque o desígnio deste foi constituir o meu ambiente pessoal de aprendizagem. Antevi dificuldades desde a constituição inicial do e-portefólio, mas resisti a construir um novo blogue só para esse efeito. Admito agora que uma Wiki teria sido adequada à disposição organizada que este e-portefólio acabou por ter. Ligada à selecção do instrumento, surge o tipo de escrita. Será que eventuais leitores se comprazerão com a leitura de textos desta dimensão? Será que o blogue não requer uma escrita mais resumida e isso, por sua vez, não dificulta a redacção do pensamento reflexivo?  

Não posso deixar de mencionar as vantagens mais visíveis da elaboração deste e-portefólio, designadamente a possibilidade de dispor, num espaço único, recursos que me serão futuramente úteis neste percurso de estudos em e-learning; a oportunidade de me estrear no universo dos e-portefólios e praticar, entre outras competências, a reflexão crítica sobre temas da concepção e avaliação em e-learning.  

Aspectos a considerar na temática dos e-portefólios
Futuramente estarei mais desperta para questões decorrentes da construção de um e-portefólio, quer na perspectiva de estudante quer na de professora. Os meus objectivos pessoais centrar-se-ão:
- na exploração do blogue de Barrett;
- no aprofundamento do conceito de “reflexão” no âmbito do e-portefólio e nos modos de traduzir a reflexão na escrita online;
- na melhoria deste e-portefólio, por exemplo, agregando as produções dos colegas e criando ligações para os seus e-portefólios.

O que se depreende da bibliografia sobre e-portefólios (para além da anteriormente referida: Barberà, 2006; Amante, 2009; Attwell, 2009) é, a meu ver, uma exigência sobre a fundamentação (pertinência) e planificação rigorosa deste instrumento. Em e-learning, como temos à disposição uma panóplia de atracções tecnológicas, é fácil deixar-se seduzir pelas inovações com potencial educativo, sem conhecer os reais benefícios da adopção de tais estratégias. No que concerne a investigação nesta área, na senda das conclusões da Professora Lúcia Amante (2009), reforço a necessidade de desenvolver investigação aprofundada sobre este instrumento.


Referências bibliográficas
Amante, L. (2009). A Avaliação das Aprendizagens em Contexto Online: O E-Portefólio como Instrumento Alternativo. Actas da VI Conferência Internacional das TIC na Educação - Challenges 2009.

Attwell, G. (2009). A Reflection on Reflection. Pontydysgu (Blogue). Disponível em http://www.pontydysgu.org/2009/05/a-refection-on-reflection/. Acedido em 25/02/2011.

Barberà, E. (2006). Aportaciones de la tecnología a la e-Evaluación. RED. Revista de Educación a Distancia, Año V. Número monográfico VI.

Barrett, H. (2005). White Paper: Researching Electronic Portfolios and Learner Engagement. In Journal of Adolescent and Adult Literacy (JAAL-International Reading Association).

Barrett, H. (2007). How to use WikiSpaces to create an interactive electronic portfolio. Wiki. Disponível em http://eportfolios.wikispaces.com/how-to. Acedido em 25/02/2011.

Barrett, H. (s. d.).  Using Blogger Pages to Create an ePortfolio. [Página de Blogue] E-Portfolios for Learning. Disponível em http://blog.helenbarrett.org/p/using-blogger-to-maintain-eportfolio.html. Acedido em 25/02/2011.



Notas
(1) A decisão de não incorporar neste espaço capturas de ecrã das minhas participações mais significativas no fórum de discussão da plataforma Moodle, prende-se com o factor privacidade (minha e dos colegas). No 1.º semestre, na UC de Processos Pedagógicos em E-Learning foi abordada a questão da transparência versus privacidade no ensino online e foi-nos dada a opção sobre o que publicar. Tal como o Professor Morten Paulsen, acredito que se deve pensar e seleccionar o que é tornado público. Barrett (2007) na página Wiki “eportfolios” afirma que cabe ao autor do e-portefólio decidir que partes são tornadas públicas e fornece indicações de como fazê-lo na Wiki. No blogue não há como fazê-lo. Para todos os efeitos, as participações de qualquer utilizador inscrito na disciplina de CAEL, no Moodle, estão acessíveis a todos os utilizadores e são facilmente pesquisadas.  



09/02/2011

CAEL Tema 4 - A Discussão no Fórum

Actividades, instrumentos e modalidades de avaliação em contexto de formação online


1. Síntese dos assuntos abordados

O debate manteve as características dos anteriores, aberto a todas as questões e muito participado. Os mestrandos têm a possibilidade de seleccionar o tema, o enquadramento ou responder directa ou indirectamente à participação de determinado colega. A quantidade de ideias lançadas é extraordinária, já que a liberdade, a reflexão e o pensamento crítico geram mais debate; a repetição de argumentos e a dispersão de ideias são o reverso. 

Se registarmos aqui os títulos dos fios criados dentro dos dois tópicos para discussão, conseguimos uma visão da profusão de ideias.

O 1º tópico a surgir (“Quem abre o debate”) não teve um tema, expandiu-se por 125 participações com os seguintes fios e temas:

- [“Quem abre o debate”]
Visibilidade do percurso de aprendizagem através do e-portefólio
Saber partilhado
Práticas de hetero e auto-avaliação
Necessidade de feedback relativa as trabalhos realizados

- Transparência, aprendizagem e avaliação
- E-portefólio em actualização

- Discussões assíncronas – limitações
- Efeitos positivos da avaliação das discussões
- [intervenção no fórum] assíncrona quase síncrona
- Timidez e avaliação

- Feedback e motivação
- Feedback de quem?
- Intervenções do e-professor
- Número de e-alunos por e-professor

- Exposição na Web/rigor científico
- Comunicação mediada por computador

- Uso das ferramentas no ensino
- A visibilidade das ferramentas

- Concepção de ensino online
- Novos paradigmas/novas formas de aprendizagem?
- Competências e programas nacionais [do ensino presencial]


2º tópico - Discussões assíncronas e avaliação, com 74 participações:

- Discussões assíncronas - número de e-alunos por e-actividade?
- Grupos de discussão restritos e avaliação
- Auto-avaliação e desistência
- Discussões assíncronas e avaliação – Rubricas
- Tipos de intervenções


2. Destaque do contributo individual

O tema das discussões assíncronas, a sua gestão e avaliação é um tema central no ensino online, apercebi-me disso, de forma fundamentada, através da leitura e do trabalho à volta do artigo de Vonderwell, Liang & Alderman (2007). As discussões levadas a cabo nas várias UC deste mestrado e, em particular, nesta UC, CAEL, sempre me suscitaram dúvidas metódicas. Neste tema encontrei a oportunidade ideal investigar temáticas e estudos publicados, já que o debate no fórum geral não propiciava maior conhecimento do assunto.

Assim, tomei a iniciativa de abrir um 2º tópico no fórum geral (Discussões assíncronas e avaliação). Tentando convocar a estrutura dos fóruns de discussão, apresentei o artigo de Wolf, B. & Dosdall, M. (2010) que estuda a relação entre a participação em discussões assíncronas e os resultados da avaliação formal (exames) dos estudantes, partindo da preocupação relativa à participação excessiva em discussões, deixando o seguinte extracto:

"Although the authors found no evidence that robust participation in asynchronous discussions can harm student exam performance below 4,000 words posted per week, it is important to recognize that enthusiastic participation may have adverse effects that fall on the peers of the most active discussion participants. Some students may feel overwhelmed by the amount of information being posted by their peers, for instance, and respond by withdrawing from the discussions and/or the course (Palloff & Pratt, 1999). To address this concern, the authors believe it is important to let students know that they are not required to read every post. Instructors may also wish to flag particularly important posts for their students, or have their teaching assistants do so, if no limits are placed on participation."

Houve muitas respostas directas, muitos aspectos foram levantados, como atestam os títulos dos fios criados, e sobretudo gerou-se mais conhecimento com os aportes que os colegas foram registando, alguns fundamentados por bibliografia. No final da discussão apercebi-me, efectivamente, do alcance de um grande desenvolvimento do tópico das discussões assíncronas online, conseguido graças ao debate e à contribuição profícua dos colegas.

3. Considerações gerais

Foi notória uma maior e significativa intervenção da professora. Numa das intervenções, categorizou os contributos dos mestrandos e sistematizou ideias centrais, recorrendo a fundamentação bibliográfica. Os pontos-chave da sua participação inicial, atendendo às questões debatidas foram:

- E-Portefólios e fóruns de discussão enquanto ferramentas metacognitivas. Para se perceber a importância da metacognição, vejam-se os artigos:
Um Apoio ao Processo de Aprendizagem
Metacognição e seus Contornos

- Papel do professor, cuja presença deve ser efectiva, não obstante o seu papel mais ou menos interventivo, dependendo das necessidades demonstradas pelo grupo, da natureza das aprendizagens e da natureza e dinâmica do próprio grupo. O professor “planifica, organiza, sugere recursos, actividades, observa os processos, intervém, problematiza quando necessário, estimula, supervisiona e avalia também, se for o caso”.

- O estudante como elemento central do processo de ensino-aprendizagem, cujo papel activo na construção, partilha e na reflexão sobre o seu próprio processo de aprendizagem, contribui para melhorar a qualidade desse processo no seio da comunidade de aprendizagem.

- “Educação problematizadora” na linha teorizada por Paulo Freire

- Interligação entre avaliação e acto pedagógico. A avaliação é continua e com recurso a instrumentos/actividades variados.


4. Bibliografia referida no debate

Baran, E. & Correia, A. P. (2009) Student-led facilitation strategies in online discussions. Distance Education, 30: 3, 339. Disponível em http://dx.doi.org/10.1080/01587910903236510

Bransford, J. D., Brown, A. L., & Cocking, R. R. (2000). How People Learn: Brain, Mind, Experience, and School. Washington, D. C.: National Academy Press.

Correia, A. P., & Baran, E. (2010). Lessons Learned on Facilitating Asynchronous Discussions for Online Learning. Educação, Formação & Tecnologias, 3(1), 59-67. Disponível em http://eft.educom.pt/index.php/eft/article/viewFile/141/98

Means, B. (2006). Prospects for Transforming Schools with Technology-Supported Assessment. In Sawyer, R. K. (Ed.). (2006). The Cambridge handbook of the learning sciences. New York: Cambridge University Press.

Morais, C., Miranda, L., & Dias, P. (2007). Formas de interacção em discussões online. Revista FACED, nº 12, jul./dez., pp. 151-169. Disponível em http://www.portalseer.ufba.br/index.php/rfaced/article/download/2758/1946

Pelz, B. (2004). (My) Three Principles of Effective Online Pedagogy. Journal of Asynchronous Learning Networks, 8, 3.

Porto,  S. C.(2002). A Avaliação da Aprendizagem em Educação a Distância. http://www.slideshare.net/joaojosefonseca/a-avaliao-da-aprendizagem-em-educao-distncia

Porto, S. C. (2005). A avaliação da Aprendizagem no Ambiente Online. In R.V. Silva e A. V.Silva (eds.) Educação, Aprendizagem e Tecnologia. Edições Sílabo: Lisboa.

Porto,  S. C. eportfolio. Disponível em  http://sporto.wordpress.com

Riding, R. (2003). School Learning and Cognitive Styles. London: David Fulton Publishers.

08/02/2011

CAEL Tema 4 – A actividade de grupo

Para o tema 4 “Actividades, instrumentos e modalidades de avaliação em contexto de formação online”, lidos os temas propostos nos artigos da bibliografia, interessou-me particularmente o tema das discussões assíncronas online, daí a opção pelo artigo:

Vonderwell, S., Liang, X. & Alderman, K. (2007). Asynchronous Discussions and Assessment in Online Learning.  Journal of Research on Technology in Education. Spring 2007; 39, 3; ProQuest Education Journals, 309-328.

1. O trabalho de grupo
À minha proposta de selecção de trabalho juntaram-se os colegas Nuno e Hugo. O resultado do trabalho, síntese da abordagem do artigo em PowerPoint, foi alojado no Slideshare:





Na elaboração do trabalho foram utilizadas, ferramentas de comunicação síncrona e de partilha de ecrã, como o Vyew, para discussão e edição em tempo rea,l e ferramentas de comunicação assíncrona (Mail, Wiki, Fórum do Moodle) tendo ficado evidências do resumo do trabalho realizado nesta Wiki:
(http://hugodomeportfoliocael04.pbworks.com/w/page/32848214/FrontPage)

2. A contribuição individual 
O contributo individual mais objectivamente visível neste trabalho foi o resumo da 1ª parte do artigo, da pág. 1 à 6 (PDF antes de “Findings”) e a respectiva adaptação aos slides do PowerPoint.


3. Considerações gerais
1. Pessoalmente, o que antevia como maior desafio desta actividade era a construção do PowerPoint em si. Esta ferramenta é excelente quando usada para os fins a que se destina – a apresentação. É necessário dispor os conteúdos sem descurar a parte estrutural e visual. Um bom PowerPoint requer muito trabalho e arte. O colega Marco relembrou a este propósito alguns sites com indicações sobre o tema, entre eles o post “What everybody ought to know about using Powerpoint for e-learning”.
O momento de construção do PowerPoint consumiu, por isso, muito tempo e energia. Os slides tiveram de ser reformulados várias vezes, não só para ficarem com redacção sucinta, organizada e uniforme, mas também para adquirirem uma parte visual também uniforme e, essencialmente, apelativa.

2. O trabalho de todos os elementos do grupo está espelhado nos pormenores e no trabalho como um todo. Uma das mais-valias do trabalho de grupo, cooperativo e colaborativo, é a sinergia resultante da boa gestão das competências individuais dos seus elementos. Acredito que quanto mais heterogéneos são os elementos do grupo, mais são as perspectivas de aprendizagem. Aprendi muito com os meus colegas, relativamente ao tema em análise, ao processo de trabalho em grupo e à elaboração de um PowerPoint. 

   

10/01/2011

CAEL Tema 3 - A Discussão no Fórum

Perspectivas sobre avaliação pedagógica: a avaliação das aprendizagens em contexto online



1. Síntese dos assuntos abordados

O debate dividiu-se por três tópicos. O 1º “Teoria versus Prática”, contou com 134 participações. A discussão iniciou-se com um tema inesperado para mim, atendendo à temática em apreciação “Perspectivas sobre avaliação pedagógica: a avaliação das aprendizagens em contexto online”, ou seja, antevia panoramas “perspectivas”, talvez algo mais abrangente do ponto de vista pedagógico. Em vez disso, a Mª João lançou-se/nos muitos passos à frente, já para o âmbito dos instrumentos – o (e)portefólio. Tive consciência que nos estávamos a adiantar, pois o e-portefólio deveria integrar o tema 4 “Actividades, instrumentos e modalidades de avaliação em contexto de formação online”. O título foi muito bem seleccionado “Teoria versus Prática”, ou seja, o e-portefólio é uma das estratégias/instrumentos mais sonantes na actualidade para levar a cabo a avaliação baseada em princípios sócio-construtivistas, constitui portanto o lado prático das ideias sobre avaliação em contexto online. A questão levantada pela colega era clara: como operacionalizar esta estratégia de avaliação, mas não se reteve no geral e arremessou uma série de perguntas apropriadas e acutilantes.

- Relativamente ao professor perguntava: como avaliar um e-Portefólio; quando; utilizando que rubricas; feedback - quando e onde.
- Relativamente ao estudante: com que dificuldades se deparam os mestrandos na elaboração do e-portefólio no blogue; como contornam as dificuldades; como valorizam o e-portefólio; e os e-portefólios dos colegas?

Com esta argumentação quem poderia travar as respostas entusiastas, substanciais e fundamentadas que se seguiram?

O debate no 1º tópico depressa enveredou para a avaliação da estratégia da participação dos estudantes nos fóruns. O destaque dado à palavra “quantidade” na imagem do “Word it out” reporta-se à discussão sobre o modo de avaliação das participações relativamente à quantidade/qualidade.

No 2º tópico, foi lançado o tema “Diferentes avaliações para diferentes ambientes de aprendizagem?”, com 19 participações. Num outro tópico com 15 participações, partilharam-se reflexões sobre questões dos artigos, nomeadamente, o conceito multidimensional da avaliação; a problemática da verificação da identidade do sujeito avaliado e o feedback virtual como direito e dever. Ainda se registaram 4 participações sobre plágio.


2. Destaque  do contributo individual
A minha primeira intervenção foi no sentido de dar feedback a algumas questões já em debate acesso, mas sem um ponto de ordem. Sobre a avaliação (quantidade/qualidade) referi que o essencial é a definição por parte do professor de uma escala de parâmetros, que estabeleça o que constitui, por exemplo, o máximo, médio e mínimo. A definição de padrões empresta segurança não apenas ao avaliador, mas também ao avaliado.

Relembrei que a avaliação de uma UC não pode recair apenas sobre um instrumento de avaliação, pois resultará numa avaliação parcial, se não mesmo enviesada. A citação do artigo “Problemáticas da Avaliação Online” (Gomes, 2009) era essencial e viria a ser retomada na participação de vários colegas:

Diversificar os momentos, fontes e instrumentos de avaliação são medidas importantes na educação a distância (online) pois ajudam o professor a construir um perfil de cada estudante através do cruzamento de informações, permitindo que todo o processo se torne mais claro e fidedigno. (p. 1679)

Num post seguinte tentei demonstrar, com uma lista de perguntas, que é necessário saber exactamente o que pretende o professor com a utilização do portefólio como instrumento de avaliação e se este é adequado ao curso. Lembrei as considerações de Attwell sobre a adequação do e-portefólio. Não podia estar mais de acordo com este autor quando diz que a reflexão nem sempre é um processo de aprendizagem fácil, até pode ser estéril quando se diz ao estudante: “Agora vá e reflicta” (que é o que sucede, muitas vezes, no caso da adopção dos e-portefólios). Para Attwell, uma das falhas das comunidades de e-learning é a tendência para seguir modas sem analisar o que resultou ou não resultou e as respectivas razões. No caso dos e-portefólios, isso leva a que não haja consenso quanto às abordagens. A conclusão a tirar é que a adoptar-se o e-portefólio como um dos instrumentos/fontes de avaliação, este deve ser bem pensado e planeado para o fim a que se destina.

Intervim como resposta a participações de colegas sobre a função do professor enquanto tutor, cujo grau de intervenção depende de vários factores, mas que no âmbito da avaliação se afigura essencial, sobretudo na vertente da avaliação formativa/de processo, constituindo um necessário feedback sobre o acompanhamento do formando.

Creio ser pertinente a reflexão feita por mim, lembrando que nem sempre se consegue aliar a teoria pedagógica à prática e quando isso sucede é inútil fazer floreados verbais para contornar a situação, mais vale assumir.

No tópico “Diferentes avaliações para diferentes ambientes de aprendizagem?”, tentei fornecer sugestões práticas à questão levantada, fundamentando as ideias nos textos estudados, de forma crítica.  Os testes automatizados, disponíveis numa plataforma de aprendizagem, só porque não remetem para a “construção social do conhecimento”, como pressupõe Primo (2006), não deixam de ser válidos, quando conjugados com outros instrumentos/fontes, podendo constituir um elemento eficaz, assumindo, por exemplo, a função de teste formativo ou de aferição de conhecimentos. Para formandos, que procuram uma formação técnica, recomendei a estratégia da resolução de problemas, para uma ligação entre saberes e a mundividência dos formandos, resultando numa maior motivação e melhores resultados. Para as reflexões casuais e autónomas da parte dos formandos sugeri a proposta de Attwell. Este autor encara a reflexão como uma conversa, consigo mesmo ou com os outros e, para ele, o espaço ideal é fora do escritório, num Pub, com um iPod ou no verso de um envelope. Se o que conta é o processo e não o meio, porque não usar o áudio digital (que poupa tempo, não sendo escrito, e é mais rico em expressividade). Uma proposta para a perguntar “como avaliar a participação em ambientes sociais online” poderia passar pelo Voice Thread e por indicações e parâmetros claros do professor.

Neste fórum abri o tópico: “Reflexão sobre questões dos artigos” e dentro deste lancei os temas “A problemática da verificação da identidade do sujeito avaliado” e “Feedback virtual como direito e dever e a questão”, que tiveram feedback significativo.


3. Considerações gerais
Relativamente à discussão sobre os e-portefólios, considerei pertinente vincar questões ligadas aos objectivos e finalidades deste instrumento, esforçando-me por pensar além do âmbito restrito do nosso mestrado. Se uma das estratégias que ambicionamos implementar na avaliação de um curso é o e-portefólio, é necessário ter em atenção questões desta natureza: qual é a função da avaliação a privilegiar? Qual a ligação com as competências/objectivos do curso? Que devemos avaliar no e-portefólio? Posteriormente há que perguntar se o e-portefólio é o melhor instrumento a usar contrabalançando o que se pretende face ao número de avaliados. A ideia-chave para mim continua a ser esta: a adoptar-se o e-portefólio como um dos instrumentos/fontes de avaliação este deve ser bem pensado e planeado para o fim a que se destina.

Foi abordada uma questão muito importante: a avaliação formativa. É um conceito muito caro a teóricos das ciências da educação e constitui uma modalidade de avaliação muito falada, mas nem sempre operacionalizada de forma adequada. Penso ser importante distinguir, por um lado, modalidades de avaliação e, por outro, técnicas, instrumentos e critérios de avaliação que devem estar bem definidos no início de um curso, para que avaliador e avaliado se orientem e todo o processo seja claro. Não é por acaso que Barberà afirma, a propósito da avaliação online e do seu carácter multifacetado: “Em termos gerais pode afirmar-se que a avaliação reconhece-se mas não se conhece”(2006, p.5). Penso que debates como este contribuem para “conhecer” a avaliação.

Considerei muito importante alargar a discussão para além do âmbito da formação académica. Por vezes, é difícil abstrairmo-nos da nossa condição de mestrandos. As perspectivas sobre avaliação pedagógica podem centrar-se em linhas comuns, mas será necessário haver adequação ao tipo de formação e ao perfil do formando. Numa altura em que o e-learning se expande, esta questão é muito pertinente. Na qualidade de futuros formadores em e-learning, por exemplo, devemos estar alerta para esta realidade para sabermos adaptar quer a nossa postura, quer as estratégias metodológicas a implementar numa dada formação.  



4. Bibliografia referida no debate


Amante, L. (2009). A Avaliação das Aprendizagens em Contexto Online: O E-portefólio como Instrumento Alternativo. Actas da VI Conferência Internacional das TIC na Educação - Challenges 2009

Attwell, G. (2009). A Reflection on Reflection. Pontydysgu (Blogue). Disponível em http://www.pontydysgu.org/2009/05/a-refection-on-reflection/

Oliveira, L. R. & Alves, M. P. (Orgs.) (2006). Aprendizagem Formal e Informal. I Encontro sobre e-Portefólio. Actas. Ludomedia – Conteúdos Didácticos e Lúdicos: Braga. Disponível em http://eportefolio.ese.ipsantarem.pt/eportefolio/images/stories/materiais/artigos/encontroe-portfolioportugal.pdf

Morgado, L. (2010). Ser Professor Online: Desafios de Ensinar na Rede. 1º Encontro UED Elearning 27 de Março de 2010. Disponível em http://www.slideshare.net/lmorgado/papel-do-professor-onlineensinar-na-rede?from=ss_embed

Porto S. C. (2005). A avaliação da Aprendizagem no Ambiente Online. In R. V. Silva e A. V. Silva (eds.) Educação, Aprendizagem e Tecnologia. Edições Sílabo: Lisboa.

Stefani, L., Mason, R. & Pegler, C. (2007). The educational potential of e-portfolios: supporting personal development and reflective learning. Londres: Routledge)

Lista de software antiplágio
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